Foto : Marcelo Alonso.
Conheço o André Cardoso, o Andrezão desde que sou faixa branca de Jiujitsu.
Ia sempre lutar em Belém as etapas e o André sempre foi um cara já taxado como um verdadeiro casca grossa daquela época. Tive a sorte de conhecer o André e de criar uma amizade com ele e constatar o quanto Andrezão era um cara do bem. Sempre educado, gente boa, sempre recebendo a galera sem marra nenhuma e assim desenvolvemos principalmente da minha parte, uma grande admiração e amizade.
Vibrei e torci demais pelo André, ver ele no IVC batendo de frente com os caras e perdendo num detalhe o torneio , foi muito marcante pra mim.
Sempre que vou a Belém tenho como pedido rever alguns caras especiais que são de lá e o André é um deles. Nas últimas vezes que estive lá a sorte de ter meu irmão Adnaldo Baía morando em Belém e sendo aluno de personal dele, deixou a missão fácil.
Bati um papo com uma das lendas do Jiujitsu e Vale Tudo de Belém, do Norte Nordeste e reconhecido no Brasil pelos Old School do Jiujitsu.
Acompanhe o bate papo com esse irmão de armadura trançada que a luta me deu:
1Rebuscando o passado, conta como e com quem começou sua relação com as Artes Marciais
1-Comecei no início da década de 80 no karatê com mestre Pedro Yamaguchi na Associação Budukokai onde passei 8anos.
2 O Jiu-jitsu especificamente, conta pra gente como foi .
2- Comecei em 1992 na academia APAM (associação paraense de artes marciais) que hj é academia Machida.
Treinando com André no Seminário do José Mário Sperry na Dojo no Maranhão3 Quais suas competições e lutas mais marcantes antes do IVC ?
3- Os campeonatos Paraense, Norte Nordeste e Brasileiros de Jiu Jitsu sempre eram muito esperados por mim no início do esporte aqui no Pará!
O Vale tudo, foi muito marcante por serem torneios sem limite de peso e tempo, 3 ou duas lutas na mesma noite isso por si só já era uma adrenalina sem medida! Todad as minha luta nos torneios foram marcantes, gosto muito da luta com o grande casca grossa Pantera Negra, lutamos dois rounds de 10 minutos valendo tudo, onde as cabeçadas eram permitidas ainda, minha luta com o Lucas Lopes, Luciano Cardoso, Ataliba, Claudão, entre outros, foram lutas que me ensinaram muito
4 Conte-nos na sua visão todos os detalhes que marcaram o IVC
4- O mais marcante eram as regras, valeu tudo mesmo, o respeito e cuidado com os lutadores foi perfeito, e a possibilidade de está entre os grandes nomes do vale tudo mundial da época! Sem falar nas lutas épicas e sangrentas que marcaram o IVC.
5 Depois do IVC você fez quantas lutas ?
5- 16 lutas, 21 lutas no total com apenas 3 derrotas, perdi para o The Pedro, Arthur Tubarão e Simão.
6 Agora eu gostaria que você falasse da AB equipe Old School de Jiu-jitsu do Pará.
6- Aí meu irmão foi só sucesso 8 anos de hegemonia no Pará, muitos campeões, formamos grandes Homes e grandes profissionais, muita porrada no tatame, eu e o Bocão (Maurício Façanha) tínhamos que administrar os caras pra porrada não comer no treino, o nível de competição era muito alto!
7 Como vive e o que faz o Andrezão hoje ?
7- Hj em dia trabalho como personal com aulas de (musculação, Jiu Jitsu, e Boxe) e treino Jiu Jitsu na Academia CastroTeam!
8 Espaço aberto para você agradecer, deixar sua mensagem
8-Agradeço o teu carinho e respeito pela minha história, estou hj acompanhado o crescimento do esporte como espectador e apaixonado pelas lutas, tenho uma gratidão eterna por todos que fizeram parte da minha carreira como lutador algumas pessoas foram muito importantes durante esses anos como Alexandre Quintela, Maurício Amaral, Paulo Guimarães, Mestre Paulo Afonso, Mestre Osvaldo Alves, Mestre Delariva e meu Professor e Mestre Alexey Crus! Obrigado a todos.
Fotos : Arquivo pessoal.
Olivar Leite.
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