Com Dedé Pederneiras no córner, Yan Cabral e Johnny Eduardo
sobem ao octógono almejando mais resultados positivos para a equipe
No próximo sábado, dia 10 de maio, no UFC Fight Night 40, a
Nova União mais uma vez desembarca nos Estados Unidos com dois atletas para
subir ao octógono. Depois de José Aldo e Renan Barão em fevereiro, agora é a
vez do invicto Yan Cabral e do experiente Johnny Eduardo entrarem em ação
juntos, em Cincinnati, para enfrentar Zak Cummings e Eddie Wineland,
respectivamente.
Inicialmente, Yan Cabral enfrentaria o russo Alexander
Yakovlev, mas o adversário foi remanejado para encarar Demian Maia, no dia 31
de maio, na final do TUF Brasil III, em São Paulo. Apesar dessa troca, Yan, que
tem 11 vitórias em 11 lutas, não demonstrou preocupação com o fato. Pelo
contrário, deu respaldo. O novo oponente do brasileiro tem passagens pelo
Bellator e Strikeforce, quando inclusive mediu forças com o americano Tim
Kennedy, sexto colocado no ranking dos médios (até 84kg) do Ultimate.
"Venho treinando forte e não diminui em nada com essa
mudança de adversário. Na verdade, até gostei da alteração. O Cummings é mais
conhecido lá fora, tem uma luta no UFC e é melhor do que encarar um estreante,
que chega como franco-atirador. O jogo dele é parecido com o meu. É canhoto e
gosta de derrubar. Então, o estilo encaixa e isso pode me beneficiar",
analisa.
Vitória como presente de aniversário
Yan Cabral comemora aniversário de 31 anos três dias após o
compromisso e já sabe como festejar. Há dois anos namorando Julia Ericson, o
lutador vai ter seu segundo filho, que nasce em setembro. "Vou comemorar
pelos Estados Unidos mesmo (risos). Depois da luta, vou para Miami com a minha
namorada comprar o enxoval da minha filha. Essa vitória vai ser um presente para
nós", encerra.
Johnny supera barreiras para buscar segunda vitória seguida
Ficar dois anos parado não é nada em comparação aos desafios
pelo qual Johnny Eduardo teve que enfrentar na vida. Se atualmente o MMA
alcançou marcas impressionantes, com fãs ao redor do mundo, na época em que o
fluminense de Belford Roxo deu seus primeiros passos no esporte, a realidade
era diferente. Com a experiência de 16 anos na modalidade - e mais de 30 lutas
em seu cartel - o especialista em muay thai é um exemplo aos que estão iniciando
e quer se firmar no UFC com a segunda vitória seguida, depois de vencer Jeff
Curran em maio de 2012.
"Já fui segurança, eletricista, frentista, fiz varias
outras coisas só para me manter nos treinos. Hoje consigo lembrar toda aquela
dificuldade e passar até para a galera que está chegando. Não tive nada fácil,
nem apoio da minha família. Tudo que consegui foi através do meu esforço e por
isso valorizo ainda mais o que alcancei. É importante mostrar que a força de
vontade supera muitas barreiras. Hoje o MMA é reconhecido, mas na época que
comecei tinha muito preconceito e nenhum incentivo", recorda.
Mesmo afastado das competições, Johnny Eduardo contou com
todo o respaldo do UFC em luta que marca sua volta ao octógono. Prova disso é
que o lutador encara o ex-desafiante ao cinturão dos galos Eddie Wineland,
velho conhecido da equipe Nova União. Em setembro de 2013, o americano foi
nocauteado por Renan Barão, com um chute giratório, e o camp do amigo foi todo
feito com a ajuda de Johnny, que simulou o adversário nos treinos.
"Sei bastante das qualidades do Wineland e estou com o
jogo dele na minha cabeça. É um cara duro, tem a trocação como um dos pontos
fortes, sai na mão mesmo e o jogo encaixou com o meu. Tenho certeza que vai ser
uma guerra lá em cima", conta, enaltecendo em seguida a estrutura da
academia para os treinamentos: "Tenho uma boa estrutura aqui na Nova União
e isso me dá muita confiança nessa volta ao UFC, contra um lutador top e que já
disputou cinturão. Me sinto honrado de ter essa oportunidade e vou fazer por
merecer", completa.
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