quinta-feira, 7 de junho de 2012

BRUNO TANQUE FAZ AVALIAÇÃO DA SOUL FIGHTERS NO MUNDIAL.




"Terminou o Mundial IBJJF 2012. Foram quatro dias de sangue, suor, lágrimas, superação e glórias. 
      Dentro do planejamento da Soul Fighters, este é o evento que colocamos todas as fichas, o sonho da equipe. Sabemos que não vamos brigar por pódio ou o título por equipes, isso ainda não é a realidade da equipe. Mas nosso objetivo por agora é de cada atleta que for, voltar com uma medalha, seja um atleta, sejam dez atletas. Sempre almejando o ouro. Desde a criação da equipe, este foi o melhor aproveitamento da Soul Fighters em mundiais. Dos quatro atletas enviados, três conquistaram medalhas. Sendo três de ouro e uma de prata. 







  Posso dizer que os resultados deste Mundial começaram a ser construídos no Brasileiro deste ano. O rendimento da maioria dos nossos atletas ficou abaixo do esperado. Isso levou a uma “arrumação na casa”, uma conversa franca sobre objetivos e comprometimento. E, por que não uma cobrança com uma atiçada nos brios dos atletas que sabemos que poderiam render muito mais. 
 Uma das prioridades do time foi montar uma base, com um camp nos Estados Unidos. Pois o que notamos nos anos anteriores foi que os atletas chegavam muito em cima da competição, se amontoavam em quartos de hotéis e principalmente não conseguiam focar no objetivo principal que era lutar. 
 Para isso, planejamos com o Augusto Tanquinho um camp no Arizona, estado que ele está fixando residência e em breve contará com um centro de treinamento Soul Fighters. Como não contamos com a estrutura física da academia ainda, contamos com o apoio fundamental do Wellington Megaton, que abriu as portas da Megaton Team para usarmos como base e nos proporcionou uma estrutura para treino e preparação física. 




Para a questão de acomodação, Tanquinho através de um patrocínio, conseguiu a locação de uma casa com dormitório em um condomínio fechado, para acomodarmos os atletas e servir de concentração. 
Como a direção da equipe e o Tanquinho chegaram em um consenso que ele não deveria lutar o mundial por ainda não ter conseguido voltar ao nível de treinamento para disputar este evento, ficou acertado que ele seria o coach dos atletas juntamente com o Leandro Tatu que iria para lutar também. 

A primeira baixa veio aí, já que Tatu teve uma complicação de saúde que o cortou do mundial. Mesmo assim ele puxou os treinos da equipe quando pode e terminou a fase de preparação dos atletas aqui no Brasil na raça. Todos embarcaram para o Arizona. A Soul Fighters tava mandando Igor Paiva na faixa azul, o fenômeno João Gabriel Rocha na marrom e Marcus “Sonk” Antelante e Diogo “Moreno” Araújo na preta. 
  A rotina era a sequinte: Treino de JJ em dois períodos, Malhação e treinamento funcional intercalados. Era comer, dormir e treinar Jiu Jitsu. Tudo isso em um calor de 45º do deserto do Arizona.  Tanquinho complementou o treinamento dos garotos, terminando o planejamento com eles dando 10 treinos consecutivos de 10 minutos. 
Saíram as chaves e com elas veio o estudo de estratégias que incluía conversas diárias várias vezes ao dia entre Brasil e EUA. Eu, Tatu e Tanquinho estávamos sempre em contato discutindo as possibilidades. No primeiro dia, Igor lutava na azul médio, 128 inscritos, a categoria mais cheia do mundial. Sete lutas para ser campeão.


E foi !!! Sem errar nas sete lutas, Igor se tornou o melhor do mundo. E de quebra foi promovido á faixa roxa no pódio. A curiosidade desta graduação foi que logo após a final meu irmão me ligou e falou: Pô, libera a roxa desse muleke.....lutou muito.   Eu queria que ele lutasse o absoluto e argumentei: Pô, e o absoluto? O muleke merece mais tem o absoluto. 
Meu irmão me convenceu com o sequinte argumento: Brother, o muleke foi campeão mundial, fazendo sete lutas, sobrando. Não é todo dia que se é campeão mundial assim. Só falta coroar o cara no pódio. Vai saber quando nós teremos uma oportunidade dessas de novo. 
Aí, autorizei. Dei a minha primeira faixa via telefone. Tanquinho amarrou a faixa na cintura dele. 
João Gabriel era o favorito e estávamos trabalhando a cabeça dele assim desde o ultimo mundial, onde ele foi campeão no peso e terceiro no absoluto. Uma das formas de motiva-lo e também é o que planejamos para ele, pelo potencial que ele tem, é sempre lembrar a ele que os grandes nomes do Jiu Jitsu, como Roger Gracie, Jacaré, André Galvão, Rodolfo, Buchecha foram campeões peso e absoluto na marrom. E João pegou essa missão e focou. 
Deu show e sobrou na categoria e no absoluto. A luta mais difícil foi na final do absoluto contra o Preguiça da Gracie Barra. Foi 2x0 e ele finalmente tinha o absoluto tão buscado. 
Tatu foi fundamental em manter este foco com o João, pois sempre lembrava a ele que talento por si só não basta. Tem que treinar e se dedicar. E tirava o coro dele nos treinos. 
Sonk não conseguiu encaixar o jogo bem e acabou saindo na primeira luta por uma vantagem. Moreno chegou como azarão, apesar de ter resultados, ainda não é conhecido no main stream. E até porque este era o seu primeiro mundial na faixa preta. 
E Moreno foi passando um por um. Eliminou o campeão Brasileiro absoluto deste ano e chegou a final após cinco lutas. Estava perfeito. Na final, pesou a maturidade e a maior cancha do Rômulo Barral e Moreno acabou saindo com a prata. 
Mas pelo apresentado, sabemos que ele tem condições de chegar lá e iremos trabalhar onde houve erro e melhorar alguns aspectos do jogo dele. 
Como falei lá em cima, temos consciência que a Soul Fighters ainda não briga pelo titulo de equipes. Mas dentro do que planejamos e temos como objetivo para a equipe, Para mim tivemos um aproveitamento de equipe campeã. 
Mas garanto a você, que em um médio prazo a Soul Fighters estará brigando por colocações nos grandes eventos. Estamos investindo muito na nossa organização como time e estrutura. 
Campeões são feitos da soma de talento, treino, planejamento, organização e estrutura. 



Material humano nós temos e estamos formando uma nova leva de atletas. Acreditamos na formação dos nossos próprios atletas. Trabalhados dentro dos valores da equipe. 
 Agora é potencializar esta organização e enraizar estes conceitos e planejamentos em todas as unidades da Soul Fighters. Como diretor da equipe, vejo o saldo extremamente positivo deste ultimo mundial. Não só pelas medalhas e pelos títulos conquistados, mas por ver que nós podemos almejar voos bem maiores. 
O trabalho esta no caminho certo. "




                                                                 

                                                                               Bruno Tanque Mendes
                                                                 Diretor executivo Soul Fighters BJJ Association
                                                                               Faixa preta 2º grau

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