Promessa da RVT/LAERTE BARCELOS Raoni Barcelos mira cinturão do RFA
Atleta luta contra Mark Dickman na sexta-feira, motivado
após treinos com Glover Teixeira
A Nova União ostenta os dois únicos cinturões brasileiros do
UFC e o único do Bellator em solo nacional. Enquanto a tropa de elite da
academia a mantém no topo do MMA mundial, novos talentos são forjados no
celeiro de André Pederneiras. Um dos mais promissores é Raoni Barcelos, de 26
anos, invicto em sete lutas na carreira, e com importante compromisso marcado
para esta sexta-feira, dia 11 de abril, no RFA 14, em Wyoming, nos Estados
Unidos. Se vencer o também embalado Mark Dickman, ele pode se credenciar a
lutar pelo título peso-pena (até 66kg) da organização, vago desde que Brian
Ortega foi contratado pelo UFC.
Experiência em grandes competições e boas referências, Raoni
já tem. Praticante de artes marciais desde os três anos de idade, está sempre
sob os cuidados do pai Laerte Barcelos, faixa coral sétimo dan de jiu-jitsu,
ex-atleta e ex-treinador da Seleção Brasileira de Luta Olímpica, e do lendário
Pedro Rizzo, além da equipe Nova União. Representando o Brasil, o carioca de
Marechal Hermes conquistou a medalha de bronze nos Jogos Sul-Americanos de 2010
e já disputou o Pan-Americano de 2007, no Rio de Janeiro.
Além de todo o staff de peso, Raoni Barcelos acrescentou um
importante ingrediente à sua preparação para o RFA 14: treinou com Glover
Teixeira, próximo desafiante ao cinturão meio-pesado (até 93kg) do UFC, contra
Jon Jones. "Na Nova União tive muito o apoio do José Aldo, Marlon Sandro e
de toda a equipe. Mas o que mais me ajudou, foi o tempo que passei lá nos
Estados Unidos, com o Glover Teixeira. Passei quatro semanas e meia antes do
carnaval, tirei muito proveito disso e meu boxe melhorou muito", conta.
Seu adversário, Mark Dickman, também tem excelente
aproveitamento na carreira, mas com dois anos de vantagem, pois deu seus
primeiros passos no esporte em 2010. O americano possui oito trinfos e apenas
um revés no cartel, está em uma sequência de três vitórias seguidas e tem a
trocação como ponto forte, com seis nocautes.
"Eu vi algumas coisas dele e deu para ver que tem uma
boa postura de boxe, é um cara striker, apesar das lutas de wrestiling e
jiu-jitsu, já nocauteou bastante gente. Mas estou preparado e independente do
adversário, eu vou para nocautear", garante, completando sobre sua
estratégia. "Vou sentir a luta primeiro e trazer para o meu jogo. Não
adianta ter pressa. Vou tentar quedar e trabalhar o ground and pound porque
esse é o meu estilo".
No que depender da vontade de Raoni, ele seguirá os passos
dos companheiros José Aldo, Renan Barão e Dudu Dantas, para se tornar mais um
campeão internacional na Nova União. "Conquistar um cinturão é uma
realização de um sonho. Independente do evento, quando você conquista o
cinturão, prova que é o melhor naquilo que está competindo, isso é uma grande
realização pessoal e vou atrás deste desejo", afirma.
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