EVOLUÇÃO DOS ESPORTES
DE COMBATE:
A evolução das lutas caminha a passos largos, quer seja na
preparação física, técnica, tática e psicológica.
Vemos hoje os “super atletas”
onde não existe mais a melhor arte marcial, mas sim, o atleta mais bem
preparado e que tenha a oportunidade de mostrar o que sabe.
Levando em conta essa afirmação, podemos concluir que com a
enorme competividade atual precisamos modernizar nossa forma de acompanhamento
da evolução dos nossos atletas.
Uma forma interessante de visualizar e acompanhar essa
evolução seria filmar todo treinamento e preparação para uma posterior
comparação dos resultados.
Como foi apresentado na última convenção internacional de
preparação física para modalidades de combate, Temos uma nova tendência de
preparação física não linear para o MMA e isso exige dos preparadores uma maior
criatividade e empenho nas aferições do treinamento, tornando assim a
preparação física mais específica, seja em treinamentos de resistência, força e potência.
Vamos lembrar ainda que nos últimos artigos científicos
mostrou-se a importância da característica
temporal que se vai desenvolver um treinamento.
Por exemplo: No kick boxing a relação de esforço pausa (E: P)
é de 1:2 (Buse 2009), tae-kwon-do 1:3 a 1:4 e no Judô, por exemplo, temos uma
característica temporal de aproximadamente 18 seg. de ações motoras por 9,0seg
descanso ativo.
Podemos observar nesses números a importância dos estudos
científicos para o aprimoramento das metodologias de treinamento.
Vamos dar um bom exemplo no treinamento de potência:
Potencia (watts) =
velocidade (met./seg. ) x Força (N)
O processo que uso para verificar a melhoria e evolução nos
golpes dos atletas é filmar vários golpes desferidos como chute, soco etc... Além
de verificar o posicionamento técnico, tudo isso é colocado em um SOFTWARE que me informa a velocidade em
milissegundos.
É feito então com esse atleta um treinamento de potência e
após o final do programa de treinamento eu filmo novamente os mesmos golpes
desferidos antes do início do programa.
São analisadas nesse sistema melhorias técnicas,
posicionamento e a velocidade do golpe.
Com isso eu posso afirmar ou não se o atleta melhorou a
potência através da velocidade de execução dos golpes.
O que vemos hoje em dia são treinadores alegarem que o
atleta está mais potente, mais rápido, mas não possuem nenhuma PROVA CONCRETA
que essa melhoria aconteceu, não possuem números comparativos para tal
afirmação.
Nesse sistema podemos até comparar com a velocidade de
grandes atletas, como por exemplo, a velocidade do chute do seu atleta com a de
Melvin Manhoef.
Posso
ainda nesse sistema analisar lutas de adversários dos meus atletas e traçar
melhorias técnicas tácticas.
Como
podemos observar nas imagens abaixo:
1)
2)
Na segunda imagem vemos um chute de 367 milissegundos, que
foi fracionado em levantar o joelho 200 milissegundos e 167 milissegundos até o
impacto.
Isso nas mãos de um preparador inteligente e criativo pode
ser uma excelente ferramenta para trabalhar separadamente as fases do chute no
treinamento de potência, quer seja específico ou até mesmo na sala de
musculação, no Cross over por exemplo.
As possibilidades são infinitas de trabalho e essa
ferramenta pode e deve ser de grande valia para preparadores e atletas.
Sei que ainda temos em nosso meio Preparadores físicos vaidosos, atletas que
ainda não se conscientizaram do grau de profissionalismo que devem trilhar e
eventos que não valorizam devidamente os atletas e ainda beneficiam “seus”
atletas para um fictício sherdog ... Isso tem travado e deixado pelo caminho
grandes atletas no nosso cenário nacional.
Mas eu acredito que podemos mudar esse quadro, evoluir e
jamais esquecer que:
“’Pequenos caminhos podem alcançar coisas grandiosas, a
minunciosidade pode fazer a diferença!”
Cref- 29429-g/rj
Professor de Educação física pós graduado em Fisiologia do
exercício e treinamento desportivo e musculação.
Pós graduado em docência de Ensino superior
Capacitação em medicina esportiva
Preparador físico
equipe Pitbull Barra Gracie
Faixa preta de jiu-jitsu e Judô
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