No dia 2 de fevereiro de 1987, o maior goleiro da história do futebol carioca e um dos maiores do Brasil se suicidou.
Castilho, eterno camisa 1 do Fluminense, se jogou do sétimo andar do apartamento da ex-mulher, Vilma, em Bonsucesso.
Até hoje, a morte é cercada de muito mistério já que ninguém sabe ao certo o motivo que levou Castilho a tomar tal atitude.
Na época, Castilho era técnico da seleção da Arábia Saudita e, em janeiro, sentiu fortes dores de cabeça, sendo submetido a alguns exames que nunca tiveram o resultado publicamente revelado.
Para algumas pessoas próximas, CARLOS JOSÉ CASTILHO teria na época o que hoje se chama transtorno bipolar, segundo a biografia do goleiro 'Castilho Eternizado', de Antônio Carlos Teixeira Rocha. A obra levanta duas suspeitas como causas da morte.
"O laudo (médico) poderia ter acusado alguma enfermidade grave, um tumor irremovível ou mesmo o desenvolvimento de um aneurisma pronto a explodir", diz um trecho do livro, que aborda outra possibilidade.
"Outra hipótese seria o rompimento inesperado do relacionamento do casal (ele vivia com a segunda mulher, Evelyna, que se recusou dias antes a ir com Castilho para Riad, na Arábia Saudita). A separação brusca poderia ser a causa do transtorno mental, levando o goleiro a distúrbios emocionais".
Uma parte triste da vida do goleiro, que tem no currículo nada menos do que quatro Copas do Mundo (1950, 1954, 1958, 1962), sendo uma - 1954 - como titular. Pela seleção ganhou ainda a Taça Oswaldo Cruz (1950, 1962), o Pan-Americano (1952) e a Taça Bernardo O'Higgins (1955). Pelo Fluminense, foi tricampeão carioca, bicampeão do Torneio Rio-São Paulo e vencedor da Copa Rio - o Mundial de Clubes da época. É o atleta com mais jogos pelo clube: 699. Saudades....
Por Vladistone Menezes
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