O ex-campeão peso pesado WBO Tommy Morrison morreu em um hospital de Omaha, Nebraska, na noite de domingo. Ele tinha 44 anos.
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Internado há mais de um ano em hospital, o ex-boxeador americano Tommy Morrison, 44, está à beira da morte. Antigo dono do cinto mundial dos pesos pesados, ele foi detectado com o vírus HIV/aids em 1996, nunca aceitou o diagnóstico dos médicos, fez planos para retornar às competições e alega que sua doença não passava de complô elaborado por agentes governamentais ou de algum promotor de adversários.
Casada com o ex-atleta há cerca de dois anos, Trisha se nega a informar onde o marido padece seus últimos dias, mantido na cama e sobrevivendo por meio de aparelhos artificiais e medicamentos. Ela prefere dizer que o marido famoso sofre da síndrome Miller Fischer/Guilliain Barré – em que o paciente é atacado no sistema nervoso e tem descoordenação muscular e paralisia dos músculos oculares, ausência de reflexos, fraqueza e insuficiêncxia respiratória.
Enquanto a atual mulher mantém esperança em sua recuperação, a mãe Diana Morrison confessa aguardar somente uma chamada telefônica comunicando a partida do filho. A matriarca gostaria de sepultar o mais novo dos primogênitos em Sulphur Springs, estado do Arkansas (EUA), onde estão os restos mortais de parte da família.
Esperança branca
Morrison teve vida ativa com drogas, bebidas e mulheres. O sucesso nos ringues rendeu-lhe mais de US$ 10 milhões (R$ 23,8 milhões) e, quando teve os exames positivos para HIV, estava perto de arrecadar outros US$ 38 milhões (R$ 90,4 milhões) em contratos e à espera da confirmação definitiva de megaluta com Mike Tyson, o que seria atração extraodinária para a época.
Apontado como a “grande esperança branca” nos Estados Unidos, Morrison (48-3-1, 42 KOs) acumulou triunfos sobre rivais importantes como Pinklon Thomas, James Tillis e Carl Williams até superar o lendário George Foreman e sagrar-se campeão, em 1993. Morrison ainda foi personagem no filme “Rocky V” (EUA, 1990), protagonizado pelo ator Sylvester Stallone.
O antigo pugilista sempre negou ser portador do vírus, chegou a apresentar testes negativos – em que muitos duvidaram da veracidade –, e peregrinou durante os últimos 17 anos na tentativa fracassada de subir ao ringue. Especula-se que ele fez cirurgia na região torácica para implante peitoral, para mostrar-se forte e saudável aos olhos do público, e que essa intervenção teve de ser removida pelo surgimento de infecção grave, contribuindo ainda mais em seus problemas de saúde, exigindo internação.
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