O esporte a serviço da vida
Nas últimas semanas comecei uma das jornadas mais gratificantes da minha vida. Uni o prazer de ser professor à paixão pelo esporte, ao ministrar aulas de jiu-jitsu para garotas e garotos carentes de uma comunidade de São Luís, uma oportunidade ímpar e divina, para transmitir as maiores lições do esporte para a vida, que é a resiliência e a transformação de realidades.
Iniciei minha experiência com o esporte e a educação ainda na tenra idade. Nascido em ambiente onde a arte de ensinar e praticar esportes sempre foram tradições, minha infância foi marcada por uma trajetória esportista, tanto na modalidade educacional, quanto competitiva. Passei pela natação, duathlon e outras modalidades, mas principalmente na natação, fui campeão maranhense e norte-nordeste, pela seleção maranhense, por muitos anos. Até hoje continuo praticando atividades físicas como: musculação, Jiu-Jitsu e kickboxing. Por outro lado, leciono desde os 16 anos, inspirado pela história altruísta da educadora mais entusiasmada que já conheci, minha avó Jean Moses Camarão.
É por isso que compartilho hoje essa nova fase da minha vida com as aulas de jiu-jitsu para crianças que fazem parte de um belo projeto social da Academia Ação, instituição séria que tenho a honra de pertencer. Além das modalidades esportivas focadas nas artes marciais, com um perfil único e motivacional, ensinando valores como a disciplina, o autocontrole e a persistência, essa escola tem um trabalho que alia o esporte à solidariedade, e conecta seus alunos com o voluntariado. O que, para mim, é seu diferencial, porque coloca o esporte a serviço da vida.
No Jiu-Jitsu, já sou faixa roxa, dois graus nessa arte suave. Desde que comecei a praticá-la, a primeira vez dos 16 aos 18 anos, e com o retorno em 2013, já são 9 anos. Uma longa caminhada que me motiva bastante, notadamente agora, nessa fase maravilhosa cuja missão é passar um pouco não só dessa arte marcial, mas transmitir valores como disciplina, hierarquia, autocontrole e respeito, princípios apreendidos no jiu-jitsu.
Aproveito para parabenizar e, ao mesmo tempo, agradecer os mestres Marquinhos Leite, do judô; Léo Leite e Jarbson, do Jiu-Jitsu; professor Batatinha, Jiu-Jitsu e kickboxing, e o professor Bernardo Leite Júnior, do kickboxing, por desenvolverem esse brilhante trabalho com as crianças. Em especial, minha gratidão ao professor Jarbson, que me convidou para essa missão de ser instrutor. Vocês estão oportunizando a esses pequenos não somente benefícios para a saúde física, mas contribuindo para a formação de suas vidas em sociedade, como o trabalho em equipe, concentração, disciplina e amor ao próximo, ganhos reais que o esporte nos proporciona.
Sinto-me muito feliz por contribuir com esse projeto de acesso ao esporte e o desenvolvimento educacional dessas crianças que, com a graça de Deus, serão nossos futuros atletas profissionais e alcançarão, através do esporte, a realização de seus sonhos com dignidade.
Felipe Costa Camarão
Professor
Secretário de Estado da Educação e Reitor do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA)
Atleta de Jiu-Jitsu e Kickboxing
Tecer elogios a Academia Ação me tornaria suspeito por fazer parte da família Leite. Posso dizer entretanto com certeza, que a escolha feita pelo professor e atleta Felipe Camarão, foi recebida com muito júbilo e honra.
ResponderExcluir