quinta-feira, 16 de maio de 2019

APONTAMENTOS SINCEROS E SISUDOS SOBRE O JUDÔ PARTE 1




APONTAMENTOS SINCEROS E SISUDOS SOBRE O JUDÔ (I)
Máuri de Carvalho
Professor de Judô 5º Dan.
Professor de Educação Física.

“... meu nego deixa eu te contar a história que a história não conta, o avesso do mesmo lugar, na luta é que a gente se encontra”.[1]

INTRODUZINDO A ARENGA
O que vou escrever sobre o Judô de Jigoro Kano, dividido em quatro partes, está assentado, em primeiro lugar, na concepção de sociedade e de judô há tempos esposada, e, em segundo lugar, no artigo do jornalista Paulo Pinto – http://revistabudo.com.br/, em 06 de março de 2019. Curitiba – PR.
Para iniciar é constrangedora a afirmação abaixo para quem há mais de 50 anos tem presença no judô como atleta, técnico, professor e veterano / máster em franca atividade.
O Instituto Kodokan do Brasil desmente Sílvio Acácio Borges, então Presidente da Confederação Brasileira de Judô / CBJ. O diretor do IKB, Roberto Mitio Harada, pautado na verdade desqualifica as provas ardilosas produzidas pela assessoria da confederação brasileira, cujo escopo, vão, é blindar e proteger a imagem do presidente da CBJ. (Segundo a fonte: http://revistabudo.com.br/em-comunicado-oficial-instituto-kodokan-do-brasil-desmente-silvio-acacio-borges/).
Convém deixar assentado que o subscritor do presente labor é um judoca veterano que depois de longa caminhada admite ser o sistematizador do Judô, Jigoro Kano Sensei, um ícone da cultura a qual nós professores de judô, por mais que nos esforcemos, não conseguimos compreender porque, para tanto, teríamos que ter nascido no Japão na Era Tokugawa (1603–1868).
Se por um lado, toda afirmação em contrário é pura desconsideração para com a rica cultura nipônica, por outro lado, não é correto enquadrar essa cultura como única e peculiar a todas as classes sociais japonesas. Ademais, reportar o Judô como politicamente neutro é afirmar ter ele perdido o caminho originário passando a caminhar outro caminho. O suposto caminho politicamente neutro da mercadoria, do espetáculo admitido pelos advogados de o Caminho Suave apenas reforça a desqualificação do seu idealizador.
Sob a sensatez e, sobretudo, com a seriedade que merece a questão assentada no sítio eletrônico Revista Budô, segundo a qual:
No ano do cinquentenário da CBJ, o judô brasileiro vive a sua maior crise de identidade e falta de comando. Em breve, as pessoas que dirigem a seleção completarão 20 anos em seus cargos. O modelo de gestão da CBJ inibe a projeção dos novos talentos, frustra treinadores e engessa a modalidade. (http://revistabudo.com.br/no-ano-do-cinquentenario-da-cbj-o-judo-brasileiro-vive-a-sua-maior-crise-de-identidade-e-falta-de-comando/).
Crise de identidade, modelo de gestão, falta de comando e perpetuação dos burocratas à frente das Federações e da Confederação caracterizam a crise pela qual atravessa o Judô no Brasil.
Burocratas, com raríssimas exceções, não atendem as demandas do Judô como Método de Educação Física, Intelectual e Moral, mas somente interesses e demandas pessoais ou de mínimos grupos constituído em torno do poder. Essa é a questão que precisamos enfrentar, embora todas as questões postas acima estejam interligadas. Nenhuma se sustenta sem a cumplicidade das outras.
Mas o que seria crise de identidade? É bom dizer que por crise de identidade este autor “entende o tempo de exploração intensa das diferentes maneiras de olhar para si mesmo”. De modo que o que está posto como crise de identidade é a contradição entre firmas diferentes de pensar o Judô. Teoricamente seguem o Caminho a dotado por Jigoro Kano enquanto na prática seguem o caminho nefasto do mercado, do espetáculo e do lucro a qualquer custo.
Historicamente, há três questões que precisam ser resolvidas: 1) na prática o Judô foi desviado da senda aberta por Jigoro Kano Sensei, 2) os Sensei abandonaram os ensinamentos pedagógicos e filosóficos do pedagogo maior, 3) diante da crise de identidade determinados burocratas completaram a maioridade na direção do Judô com a qual continuam e da qual não abrem mão.
Outra questão diz respeito a seguinte situação: por que a quase totalidade de os professores de Judô nada dizem e/ou nada fazem para modificar as regras a partir das quais serão escolhidos os burocratas da Confederação Brasileira de Judô (doravante tratada por CBJ) e o judô resgatado para os trilhos originários?
Não é coincidência que o modelo de gestão da CBJ seja verossímil ao modelo de gestão que regra, rege e comanda a politicalha brasileira. Se no judô o modelo de gestão é conduzido por uma burocracia que se perpetua há mais de 20 anos é porque esse modelo de gestão é reflexo da política dos interesses pessoais e da troca de favores prevalentes na s1ociedade brasileira. Igualmente, não se deve esquecer que a parte os burocratas dominantes são crias da Era Joaquim Mamede.
Portanto, seria uma surpresa se as coisas acontecessem doutra forma na medida em que nas aulas de Judô os professores consideram politicamente incorretos comentários sobre política, religião, violência social, Federação, Confederação, técnicos sem tradição, sem competência e desprovidos de um código de conduta etc.. O politicamente correto no Judô é levar a termo a assepsia do Judô de tudo aquilo, como a filosofia e a política, que não guarda nenhuma relação com ele.
Aos guerreiros, combatentes e legionários, não há Judô sem história, como não há Judô à margem da vida e nem à margem da política. O que os burocratas e seus amigos desejam é fazer com que todos acreditem que o Judô é tão somente um rol de conteúdos técnicos direcionados à projeção, imobilização e finalização, e desprovido de conteúdos filosóficos, pedagógicos e políticos.
Contraditando o senso comum o Judô não é apenas Nage-waza, Katame-waza e/ou Atemi-waza e ainda que possa parecer paradoxal, a verdade é que quem só sabe de judô, nada sabe de judô. E por quê? Porque o judô é processo histórico onde experiências individuais / coletivas são explicitadas e até confrontadas, sem as quais não há desenvolvimento, mas estagnação.
Estagnação em todos os campos do conhecimento decorrente do fato que as virtudes éticas que davam sentido ao modus vivendi et faciendi dos guerreiros feudais japoneses – os Samurai – e as técnicas da diversas escolas de Ju-jutsu (Ryu) foram o terreno fértil no qual medrou o Judô. Tais virtudes são necessárias ao Judô não como esporte, como mercadoria, como espetáculo, mas exclusivamente como arte de educar e de enfrentar.
Afirmar o Judô como sendo politicamente neutro ou desprovido de bases filosóficas e políticas, historicamente determinadas e geograficamente situadas, trás à lume a ilusão mistificada e a fantasia delirante. Diante da ilusão e do delírio 1) penso a relação inelutável e indelével entre judô e política e 2) questiono por que o tema da Política permanece ausente nos Encontros, Simpósios, Seminários, aulas e estudos sobre o Judô?
Relacionar Judô e Política significa dizer que a Política tem por função social o exercício do poder de determinados homens sobre outros homens e, portanto, é imprescindível à reprodução na sociedade capitalista. Como refere Sergio Lessa foi com a exploração do homem pelo homem, com o surgimento da propriedade privada, das classes sociais, do Estado etc. que a Política fez sua estreia na vida social. De modo que “nem antes, nem depois das sociedades de classes, a Política tem qualquer função social. Por isso, o lócus por excelência da Política é o Estado”. (LESSA, S. Marxismo, ética e política revolucionária. Crítica Marxista, 14, 2002. http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/sumario14.html).
Tomando como diretriz os estudos de Lessa, é clara categórica e incontornável relação entre Judô e Política, a partir da qual se estabelece a seguinte tese: não se discute Política na ambiência do Judô porque tal tema desagrada aos burocratas dirigentes que não gostam de ver suas façanhas tornadas públicas submetidas ao crivo da crítica daqueles com os quais não concordam.
SOBRE A DEMOCRACIA E A MERITOCRACIA
Os burocratas afirmam que o ensino e aprendizagem do Judô têm raiz democrática. Na verdade, ensino e aprendizagem ocorrem encimados no autoritarismo anacrônico nos marcos da não democracia. E por que não são democráticos?
Não são democráticos porque História, Política e Filosofia são de uso precário nas Escolas de Judô onde o clássico significado da Política é ignorado e onde campeia à solta a ausência de conhecimentos para além dos estreitos limites do saber técnico: uma espécie de Go-kiu sem fundamentação filosófica e histórica sob o tacão exclusivo do savoir-faire.
A dissociação do Judô de a Política revela existência de insciência política e torna pública a figura do professor insciente que estufa o peito dizendo odiar a Política. Não  sabe o impreciso professor que o preço do judogui, das verbas públicas dadas à Confederação e dos lugares onde são realizadas as competições dependem de decisões políticas.
Sem medo do debate vis-à-vis discordo da afirmação segundo a qual os gestores da Confederação Brasileira de Judô são escolhidos por meios democráticos, notadamente meritocráticos. A hermenêutica aplicada ao Judô revela ser a meritocracia tão somente discurso propagandeado pelos burocratas para ignorar as desigualdades sociais, regionais e nacionais e que, portanto, os desiguais não podem ser tratados igualmente.
Dizem por aí que os burocratas revezando-se na gestão dessa instituição seriam professores e professoras portadores de alto mérito, ou seja, os mais dedicados, os mais bem dotados intelectualmente, os que mais trabalham e os mais esforçados, enfim, os mais competentes em suas diversas áreas de trabalho.
Discordo em gênero, número e grau. E tenho cá motivos suficientes para afirmar que o método de escolha de burocratas usado nas Federações e na Confederação não é democrático. E não é democrático na medida em que a escolha da burocracia de cabo a rabo, de cima para baixo, não inclui o sufrágio e nem a vontade dos judocas, dos atletas, dos técnicos e dos professores. Sem embargo, é fato que os técnicos das várias seleções são escolhidos de forma não democrática, no interior do grupo supostamente composto pelos mais dedicados e mais dotados intelectualmente.
ONDE ESTÁ A CIÊNCIA
Diante dos meritosos dignos de apreço, elogios e recompensas, afirmo que o Judô como tem sido trabalhado há décadas não é sequer uma prática científica fundada na biologia na medida em que as  competições de adolescentes e crianças não levam em consideração a idade biológica, mas apenas a idade cronológica.
Enquanto atividade física o Judô tem por cujo objetivo aumentar o rendimento competitivo de crianças (tratadas como adultos em miniatura) que deveria ser pautado na idade biológica, pois como se sabe, cada criança tem um ritmo próprio de crescimento e desenvolvimento, na medida em que os níveis de hormônio masculino [testosterona] guardam forte relação com o desempenho esportivo onde predominam a velocidade, a potência e a força.
Ignorar como falsa a igualdade de oportunidades sem a igualdade de condições biológicas e econômicas é uma agressão ao preceituado na Carta Magna da República, os desiguais não podem ser tratados igualmente.

O FANTASMA DA ERA MAMEDE
Não há no Judô um código de conduta a lastrear com claridade o ensino e o aprendizado do Judô e não há um código de conduta na medida em que há pessoas que, por convicções sobre as quais não têm nenhuma ingerência, de tudo fazem por um lugar ao sol, inclusive recorrendo à tergiversação, ao abandono das ideias, trocadas por cargos, viagens e graus.
É fato que a Era Mamede produziu uma quantidade de burocratas prestigiados pelo histórico chefe da burocracia, grosseiro, autoritário. Neste campo minado é tarefa da crítica reportar que alguns dos críticos de Joaquim Mamede viraram burocratas por sua obra e graça. Desonestamente, cospem no prato que comeram lautas refeições em terras estrangeiras, coadjuvando a deformação da história do Judô no Brasil.
E por que deformam a história do Judô no Brasil?
Porque a burocracia entronizada na CBJ, a partir da Era Mamede, concentra uma quantidade enorme de poder que lhe permite decretar intervenção, nomear os interventores, e de tudo fazer para que a concepção mercadológica do Judô e a governança espúria prevaleçam sem sobressaltos. 
Entretanto, não se consegue entender por que o rol de professores e professoras Kodansha não percebe a necessidade da crítica sem medo da burocracia que dirige o Judô nacional nas últimas décadas. Crítica sem a qual o Judô não voltará ao seu caminho originário enquanto Método de Educação Física, Intelectual e Ética.
Sobre o silêncio dos críticos que usufruíram de benesses estatais e privadas tenho as seguintes teses:
I. A Era Mamede não foi superada na medida em que os Presidentes que o sucederam ou foram seus apadrinhados políticos ou convenientemente são ‘amigos entre si’ e continuadores do legado autoritário daquele cujo reinado teve início nos anos 70 do século XX.
II. A longa permanência quase vitalícia de uma burocracia no comando técnico, administrativo e operacional da CBJ, durante décadas contou com o apoio massivo de quase todos os Presidentes de Federações, configurando uma espécie de governança baseada no poder de um único homem com a conivência culposa ou dolosa das burocracias estaduais.
III. O déspota quando larga o poder fugaz / transitório, de tudo faz para colocar no comando da burocracia, de modo absurdamente antidemocrático, pelo voto dos pares, apenas dos pares previamente cooptados com viagens, diárias e graus, alguém capaz de dar continuidade o apego incondicional pelo poder, isto é, alguém portador da mesma concepção de Judô que seus antecessores.
IV. Quando se aborda o tema da competência é tarefa de a crítica reportar que o tratamento dado à burocracia do Judô alojada na CBJ e nas Federações tem por base a concepção idealista da história na medida em que atribui ao dirigente máximo a condição de o melhor dotado de perspicácia e de intuição esmerada. Destarte, não lhe cabe nenhuma responsabilidade pelo insucesso do trabalho de suas equipes, pois, ao chefe o bônus, aos demais o ônus.
V. A burocracia que se quer vitalícia atribui maior ênfase à parte técnica do Judô, ao passo com um indisfarçável e incontornável distanciamento da formação intelectual e ética dos judocas. Com outras palavras, afastamento inconfesso dos princípios filosóficos e éticos que balizaram a construção do Judô.
VI. É preciso remover a pedra do meio do caminho para colocar o Judô em um patamar diferente do atual onde ele se encontra rebaixado à simples condição de mercadoria espetaculosa quase nada ou de nada servindo à formação intelectual e ética dos judocas futuros cidadãos. Essa pedra no caminho não pode permanecer atravancando a passagem alardeando a suposta modernização da CBJ.
É muito estranho que determinado professor, um respeitável Kodansha, encimado na concepção idealista da história, reporte que sem culpa formada a burocracia que substituiu a Era Mamede na direção da CBJ teria, supostamente, corrigido os problemas legados por mais de duas décadas de autoritarismo e também para recuperar a imagem do judô brasileiro. Que problemas são estes?
Continua...


[1] História pra ninar gente grande. Samba Enredo da Mangueira / 2019. Compositores: Deivid Domênico, Tomaz Miranda, Mama, Marcio Bola, Ronie Oliveira e Danilo Firmino.



CURRICULUM VITAE (específico)


Francisco Máuri de Carvalho Freitas, sua história esportiva na arte japonesa do “Caminho Suave”. Participação em competições, funções técnicas (técnico e preparador físico), promoções, produção científica e filosófica publicada e atividades de ensino em geral.

FORMAÇÃO ACADÊMICA
Licenciado em Educação Física - Universidade de Fortaleza, Ceará, Brasil, 1978.
Especializado em Ciência do Treinamento Desportivo - Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, Brasil, 1980.
Mestre em Educação Física - Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, Brasil, 1988.
Doutor em Educação - Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil, 2005.
Pós-Doutorado em Educação - Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil, 2011.
PARTICIPAÇÃO EM COMPETIÇÃO NO CEARÁ
Campeão cearense faixa verde: 1963 e 1964.
Campeão cearense por equipe: 1963 a 1965.
Vice-campeão cearense faixa marrom: 1965.
Vice-campeão cearense peso médio: 1965.
Campeão cearense peso-médio: 1967, 1968, 1970, 1972, 1975, 1978.
Campeão cearense absoluto: 1967, 1968, 1970, 1975, 1978.
Campeão cearense peso-médio universitário: 1974 e 1978.
Campeão cearense absoluto universitário: 1978.
Melhor judoca do ano pela Crônica Desportiva do Ceará: 1967, 1968, 1974, 1977.
Melhor judoca do ano pelo Jornal Tribuna do Ceará: 1977.
Melhor judoca dos jogos universitários cearenses: 1978.
NO NÚCLEO DA DIVISÃO AEROTERRESTRE / RJ
Campeão peso-médio do Regimento Santos Dumont de Infantaria Paraquedista: 1966.
Campeão de faixa marrom do Regimento Santos Dumont de Infantaria Paraquedista: 1966.
Campeão de peso-médio do Núcleo da Divisão Aeroterrestre: 1966.
Campeão faixa marrom do Núcleo da Divisão Aeroterrestre: 1966.
Vice-campeão absoluto do Núcleo da Divisão Aeroterrestre: 1966.
Campeão por equipe do torneio Escola de Educação Física do Exército x Regimento Santos Dumont de Infantaria Paraquedista: 1966.
NA UNIVERSIDADE GAMA FILHO
Vice-campeão peso-médio universitário: 1979.
Vice-campeão peso-médio da 1ª Copa de Judô Pedro Gama Filho: 1979.
Campeão por equipe da 12ª Olimpíada Universitária: 1980.
Campeão por equipe do Festival do Clube Mackenzie: 1980.
Campeão peso-médio do XI Dia Olímpico Universitário: 1980.
Vice-campeão por equipe do Torneio dos Beneméritos do Judô no Brasil: 1980.
Campeão peso-médio da 2ª Copa de Judô Pedro Gama Filho: 1980.
NA ASSOCIAÇÃO CULTURAL DE JUDÔ BOM RETIRO / SP
Campeão peso-médio do Torneio Lourenço Chofi no Esporte Clube Sírio: 1969.
Campeão de peso-médio do Torneio da Escola de Educação Física da Força Pública DO Estado de São Paulo: 1969.
INTERESTADUAIS
Campeão peso-médio do torneio de Petrópolis promovido pela Confederação Brasileira de Pugilismo: 1965.
Campeão peso-médio da 1ª Zona / Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Sergipe, Rio Grande do Norte e Paraíba. João Pessoa (PB): 1973.
Vice-campeão peso-médio da 1ª Zona / Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Sergipe, Rio Grande do Norte e Paraíba. Fortaleza (Ceará): 1974.
Campeão por equipe do torneio Ceará x Pernambuco, Fortaleza (Ceará): 1974.
Vice-campeão peso-médio da 1ª Zona / Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Sergipe, Rio Grande do Norte e Paraíba. Salvador (Bahia): 1975.
Campeão peso-médio do Torneio Interestadual Ceará x Bahia x Pernambuco, Fortaleza (Ceará):1976.
Campeão absoluto do Torneio Ceará x Bahia x Pernambuco, Crato (Ceará): 1976.
Campeão peso-médio da 1ª Zona / Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Sergipe, Rio Grande do Norte e Paraíba. João Pessoa (Paraíba): 1977.
INTEGRANTE DA EQUIPE DO ESTADO DO CEARÁ:
XII Campeonato Brasileiro, 1965, Rio de Janeiro, RJ.
XIV Campeonato Brasileiro, 1967, Campos, RJ.
XV Campeonato Brasileiro, 1968, Londrina, PR.
XIX Campeonato Brasileiro, 1973, Porto Alegre, RS.
XXI Campeonato Brasileiro, 1975, Caxias do Sul, RS.
XXIII Campeonato Brasileiro, 1977, Rio de Janeiro, RJ / Terceiro lugar - Peso Médio.
NA FEURJ – FED. UNIV. DE JUDÔ DO EST. DO RIO DE JANEIRO.
Técnico vice-campeão nos XXXI Jogos Universitários Brasileiros, 1980, Florianópolis, SC.
PROGRESSÃO TÉCNICA
Shodan. Inscrição no Registro Geral dos Faixas Pretas do Brasil nº 684 - 1. 1967.
Nidan. Inscrição no Registro Geral dos Faixas Pretas do Brasil nº 0684 - 2. 1977.
Sandan. Inscrição no Registro Geral dos Faixas Pretas do Brasil nº 0684 - 3. 1980.
Yondan. Inscrição no Registro Geral dos Faixas Pretas da Confederação Brasileira de Judô nº 0684 - 4. 1999.
Godan. Inscrição no Registro Geral dos Faixas Pretas da Confederação Brasileira de Judô nº 0684 - 5. 2001.
OBSERVAÇÃO - Entre a promoção a Sho-Dan, 1967, e a promoção a Go-Dan, 2001 e até a data de hoje (2017), o lapso de tempo de prática de judô, como faixa preta, é equivalente a 50 anos de serviços prestados ao Judô. Se à este tempo somarmos os tempos iniciais de faixa branca (1962) a faixa marrom (1966), o tempo total a ser contabilizado é de 55 anos envolvidos, de uma forma ou de outra, com o judô.

LIVROS PUBLICADOS
A miséria da educação física. Campinas: Papirus, 1991.
O ópio da miséria: uma abordagem política do desporto. Vitória: CEFD/UFES , 1994.
Judô, ética e educação. Vitória: Edufes, 2007.
Esporte em democracia: a gênese do político. Vitória: EDUFES, 2011.
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS E TÉCNICA
§     Árbitro da Federação Cearense de Judô, 1968 – 1978.
Árbitro Estadual pela Confederação Brasileira de Judô, 1977.
Membro da Comissão Estadual de Faixas da Federação Cearense de Judô, 1974 – 1978.
Diretor de Judô da Federação Universitária Cearense de Esportes – FUCE, 1976.
Diretor Técnico da Federação Cearense de Judô, 1976.
Coordenador da Equipe de Judô da Universidade de Fortaleza – UNIFOR, 1974 a 1977.
Coordenador da I Jornada de Judô do Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo. UFES. 1998.
Coordenador da II Jornada de Judô do Departamento de Desportos do CEFD/UFES, 1999.
Coordenador do I Kangeikô do Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 1999.
Coordenador do II Kangeikô do Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 2000.
Coordenador da III Jornada de Judô do Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 2000.
Coordenador do I seminário universitário de professores de judô. Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 2008.1
Coordenador do V Kangeikô do Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 2008.2
Coordenador do do VI Kangeikô do Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 2009.1
ENSINO DO JUDÔ 1994-2015
§     Professor do Curso de Extensão Fundamentos biológicos e pedagógicos do judô. Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 1994.
Professor de Aspectos filosóficos do judô. I Jornada de Judô do Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo. UFES. 1998.
Professor no I Kangeikô do Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 1999.
Professor de Aspectos filosóficos e pedagógicos do judô na II Jornada de Judô do Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 1999.
Professor no II Kangeikô do Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 2000.
Professor de Aspectos Filosóficos do Judô na III Jornada de Judô do Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 2000.
Professor do I Seminário Universitário de professores de judô. Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 2008.1
Professor do V Kangeikô do Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 2008.2
Professor do VI Kangeikô do Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 2009.1
Professor da Disciplina Seminário de Monografia / orientação de trabalho sobre judô. Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, 1998.2, 2000.1, 2005 a 2013.
Professor da Disciplina Judô I. Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, 2000.1, 2000.2, 2005.1, 2007.2 e 2008.2, 2014.2 e 2015.1.
Professor da Disciplina Oficina de Judô. Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 2008.1 e 2008.2.
Professor da Disciplina Docência em Judô. Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 2009.1 a 2010.2.
Professor da Disciplina Treinamento desportivo aplicado ao judô. Curso de Especialização em Judô do Departamento de Lutas da Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 1986.
Professor da Disciplina Metodologia do ensino do judô. Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 1995.
Professor da Disciplina Desporto, infância e adolescência (judô). Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 1995.
ORIENTAÇÕES TCC
BRUNO TSUYOSHI YAMATE. Análise dos motivos do abandono precoce do judô competitivo de alto rendimento no Espírito Santo. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Educação Física e Desportos) - Universidade Federal do Espírito Santo. 2009.
ELLEN COELHO. Treinamento de força aplicado ao Judô. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Educação Física e Desportos) - Universidade Federal do Espírito Santo. 2009.
MANFIO, JOÃO PAULO. A concepção sobre lutas no pensamento de Francisco Máuri de Carvalho Freitas. Trabalho de Conclusão de Curso da Licenciatura em Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina. Orientadora Prof. Dra. Elza Margarida de Mendonça Peixoto. Londrina. 2008.
WALLACE ROCHA ASSUNÇÃO. Karatê e Judô: um diálogo sobre educação. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Educação Física e Desportos) - Universidade Federal do Espírito Santo. 2008.
ALEXANDRE JOSE IZOTON ALVES. Regulamentação da profissão de educação física e as lacunas da lei. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Educação Física e Desportos) - Universidade Federal do Espírito Santo. 2007.







PAULO TOVAR MACEDO JUNIOR. Profissionais da área de lutas não possuidores de formação superior em educação física sob a ótica do confef. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Educação Física e Desportos) - Universidade Federal do Espírito Santo. 2000.
VALDEMIRO CALDEIRA FILHO. A história do judô no Espírito Santo. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Educação Física e Desportos) - Universidade Federal do Espírito Santo. 2000.
PALESTRAS
 Educação, educador, ideologia. 13º Encontro Nacional de Educadores em Paulínia / São Paulo. 2003.
Judô e educação. Liga de Judô Paulista. Junho de 2004.
Esporte e Sociedade. Centro Acadêmico de Educação Física da FEF - Universidade Estadual de Campinas. Campinas, Setembro de 2004.
Artes marciais e pedagogia. II Jornada Novos Olhares. Centro Acadêmico de Educação Física da FCT – Universidade Estadual Paulista – Campus de Presidente Prudente. Novembro de 2004.
Formação do profissional em educação física: Teses. Departamento de Educação Física / Centro de Ciências da Saúde / Universidade Estadual de Maringá. Maio de 2004.
Ética e política na educação física. Departamento de Educação Física / Centro de Ciências da Saúde / Universidade Estadual de Maringá. Maio de 2004.
Formação de professores. 14º Encontro Nacional de Educadores em Paulínia. Julho de 2004.
Judô, ética e educação: possibilidades contemporâneas. Módulo de Promoção de Grau da Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro – FJERJ. Outubro de 2007.
Judô: educação virtudes éticas. IV Módulo de Promoção de Grau da Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro. 2007.
As interfaces entre os gêneros de lutas no espaço escolar a na saúde. I Congresso Multidisciplinar da Área da Saúde. Instituição de Ensino Superior São Camilo, Cachoeira de Itapemirim / ES. 2007.
 Judô e possibilidades éticas. I Seminário Universitário de Professores de Judô. Centro de Educação Física e Desportos / Universidade Federal do Espírito Santo. 2008.
Políticas Públicas e Gestão do Esporte. Seminário Esporte: fator de integração e inclusão social? Universidade Estadual do Rio de Janeiro. 2008.
Ética, Educação e judô: em busca dos princípios perdidos. II Encontro Marxismo, História, Tempo Livre e Educação. Universidade Estadual de Londrina. 2009.
Fórum de Artes Marciais. Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, 2010.2.
 Judô: historia, ética e educação. 25º Aniversário da Associação Esportiva Recreativa Judô São Geraldo, Belo Horizonte, MG, 2011.

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