Cauê Espíndola,
largou tudo em sua terra natal Mato Grosso do Sul e foi para
o Rio buscar o seu lugar ao sol.
Cauê é um casca grossa da pesada proveniente do Boxe Chinês
e faixa azul de Luta Livre e talvez por
isso em dois anos no Rio só tenha conseguido lutar duas vezes, explico :
segundo Márcio Cromado, alguns amigos meus da área e eu mesmo comungo da mesma
opinião, no Rio de Janeiro hoje se escolhe muito os adversários dificultando encarar as verdadeiras pedreiras
como Cauê para a construção irreal de carreiras ilusórias de campeões donos de cinturões
que quando afunila ou mesmo quando “ chega lá “ , bate e volta.
Cauê começa sua batalha diária as 7 da manhã quando pega no
primeiro trabalho, larga as 10 h. vai para a RFT e treina tudo que pode, para
depois voltar a trabalhar em uma carrocinha de cachorro quente das 17 h sem
hora para parar , chegando as 2, 3 da madrugada , emprego esse que Cromado conseguiu para que Cauê conseguisse
assim tomar conta da sua filha pequena .
Os últimos convites feitos para Cauê ou foram em cima da
hora, ele pesa 57 kg. e precisa cortar peso ou oferecem ingressos para lutar ,
sabemos que estar preparado em alta performance requer gastos significativos
com alimentação, material de treino, suplementação, professores e profissionais
capacitados, etc ... logo receber ingressos não dá para conseguir conciliar
treino duro com preocupação em ter que vender ingressos para receber bolsa,
ainda mais um garoto que não é natural do Rio .
Seu técnico e mentor o Mestre Márcio Cromado apontou uma qualidade
que de fato deve ser ressaltada:
“ O Cauê tem meu respeito !
O cara largou tudo, família, tudo em Mato Grosso, não
consegue lutar, é um casca grossa que tem o record de 9 vitórias e apenas uma
derrota e em dois anos só conseguiu lutar duas vezes mas tá todo dia treinando
duro, sem reclamar, sem se lamentar, mas ele não desiste, ele acredita e se
entrega todo dia ao treino com uma gana invejável , sofrendo mas não demostra
hora nenhuma, um guerreiro !” finalizou Cromado.
Fica aqui a esperança dos promotores de eventos espalhados
por esse Brasil lerem a entrevista e darem uma oportunidade a esse grande
lutador.
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