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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

ZEZÃO TRATOR NO UOL ESPORTE.


Zezão Trator executa o "chute Karatê Kid", que ficou famoso com Anderson e Lyoto

Maurício Dehò
Em São Paulo




Quando o mundo se levantou das poltronas com o chute cinematográfico de Anderson Silva em Vitor Belfort, José Gomes de Ribamar, o Zezão Trator, ouviu dos amigos: “E aí, Trator? Foi igual ao que você nocauteou aqueles caras!”. Apesar de surpreendente, o golpe do Aranha é comum em diversas artes marciais. No caso de Zezão, a inspiração veio da capoeira. E ele derrubou dois oponentes com o hoje famoso chute frontal, imortalizado também pelo seu companheiro de treinos Lyoto Machida.


“Essa é a minha arma e virou uma marca registrada”, conta o lutador de 28 anos, que ganhou o mesmo apelido de seu técnico, pelo estilo de luta parecido entre eles. “Eu sou professor de capoeira e treino aquele chute desde criança. Sempre uso, e nocauteei dois rivais muito antes do Anderson e do Lyoto.”
De acordo com o lutador, em duas oportunidades ele derrubou oponentes com o chute frontal. A primeira ocorreu em novembro de 2006, na vitória por nocaute contra Edvan "Sakuraba" Souza. A segunda, em abril de 2007, diante de Carlos Aldenis, quando triunfou por pontos.
Para quem pensa que pode haver uma competição, Zezão não briga pela “autoria” do golpe ou pelo pioneirismo. Pelo contrário, ele vê vantagem na sua popularização. “Eu fiquei muito feliz em ver outros lutadores fazendo. Nos Estados Unidos mais um lutador também tentou, então a galera está usando mesmo esse chute”, explica ele.
“Este golpe é comum em todas as artes. Na capoeira, é chamado de ponteira, no caratê é o mae geri. É muito certeiro, quando pega de jeito, apaga o cara”, adiciona.
Apesar de levantar a bandeira da capoeira, Zezão não se considera um especialista na arte dentro do MMA, devido à dificuldade de priorizá-la tecnicamente frente às outras.
“É mais difícil, alguns golpes da capoeira funcionam; os chutes, as quedas. Mas para o MMA o fundamental é mesmo o jiu-jítsu e o wrestling. Tem também o fato de eu ser professor de capoeira e de jiu-jítsu, então gera um pouco de ciúme entre uma pessoal e o outro”, conta.
Nascido no interior do Maranhão, mas criado para as lutas em Belém, no Pará, Zezão passou de um capoeirista para um praticante também de jiu-jítsu e muay thai, tornando-se lutador de MMA aos 21 anos. Hoje, além de treinar, ele dá aulas das modalidades.
O veterano luta desde 2004, com um cartel de respeito: são 29 vitórias, cinco derrotas e um empate. Zezão vem de uma série de cinco triunfos e espera voltar ao octógono em outubro, na Bélgica, após se recuperar de uma lesão no menisco, da qual se tratou com cirurgia em São Paulo.
“Meu sonho é entrar no UFC. Eu disse que ia ser o número 1 do Brasil e sou. Tenho força de vontade e muitas pessoas estão me ajudando. Tenho certeza de que vou chegar lá”,

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