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sexta-feira, 17 de junho de 2016

GRADUAÇÃO POR GILE RIBEIRO.
























" Junho e dezembro são meses festivos para nós, que vivemos o mundo da Gile Ribeiro College Jiu Jitsu, existe um evento: a troca de faixas na equipe. Eventos estes que são acompanhados de muita expectativa. A faixa, nas artes marciais, têm a função básica de diferenciar os praticantes de acordo com o nível técnico. Um grupo de alunos sempre é heterogêneo; alguns praticam há mais tempo, outros aprendem mais rápido…então, a faixa pode ser considerada a “identidade” do lutador. A maioria das equipes de Jiu-Jitsu respeita os interstícios estabelecidos para as trocas de faixa. Desta forma, o lutador pode ter uma ideia de quando está apto a avançar na graduação. Mas o “tempo de serviço” não é o único critério para a graduação. O nível técnico é tão ou mais importante do que o tempo de prática. Outros aspectos de avaliação variam sensivelmente de equipe para equipe, de professor para professor. O lutador que sabe que será graduado passa o ano em contagem regressiva. Conforme a graduação se aproxima, uma retrospectiva da atual faixa vai sendo feita, os acertos e os erros vão sendo lembrados, a ansiedade torna-se quase incontrolável. Falo agora por experiência própria, mas conheço diversos relatos idênticos ao meu: nunca me senti preparado para receber a próxima faixa. Por mais que estivesse. Essa situação acontece porque o nosso exemplo mais pungente da faixa de cima é, via de regra, o cara mais casca grossa da equipe, o multi campeão, o super técnico, o incansável, ou o camarada que reúne todas essas características! Nunca nos vemos no mesmo patamar desses atletas, aquela dúvida e aquele frio na barriga insistem em não passar. Mas os bons professores enxergam isso nos seus alunos. E se o seu professor acha que você tem condições de ser graduado, não há o quê se questionar. As avaliações trazem um personagem novo à discussão: o lutador que achava que seria graduado e não foi. A decepção é inevitável, a chateação não tem tamanho, os questionamentos não têm fim. Mas se você não foi graduado desta vez, tenha a certeza de que ainda há uma missão a cumprir na sua faixa. Você pode não estar maduro o suficiente para subir de faixa, a lacuna a ser preenchida para isso pode ser técnica, pode ser comportamental ou pode ser que você ainda seja importante por um pouco de tempo na sua faixa para a evolução dos menos graduados do que você. Acredite, seu professor sabe o que está fazendo. Particularmente, acho que depois do evento da troca de faixas onde a sua faixa nova não veio, vale muito aquela conversa com o professor para saber o que se pode melhorar para a nova temporada que se inicia com o novo ano. Por fim, devemos entender que a cada faixa que subimos, a nossa responsabilidade aumenta, e muito. É uma espécie de seleção natural. Vamos saindo do meio da multidão e ganhando destaque dentro da equipe, os menos graduados passam a nos olhar como referências, observam como nos comportamos inclusive fora dos treinos, no trato pessoal, na postura marcial. Cabe a nós escolhermos que tipo de referência queremos ser. Nunca esqueçam: Não há vitória se não houver batalha!

CHEGOU A HORA! OSS... "




                                                         Olivar Leite.

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